quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O EXERCÍCO DA POLÍTICA


O EXERCÍCIO DA POLÍTICA

É indiscutivelmente uma actividade necessária e imprescindível na condução dos destinos de uma Nação. È um trabalho que normalmente é entregue aos mais capazes, quer do ponto de vista intelectual quer do ponto de vista dos respectivos desempenhos, já testados e efectuados, com provas dadas.

Depois, é preciso ter em atenção, que é um exercício de sacrifício, de desgaste pessoal, mas simultaneamente de honradez mesmo, porque o País está primeiro e é preciso dar-lhes do melhor e cito, como exemplo, os entusiásticos debates de ideias na Câmara dos Deputados, no século XIX, entre Garrett e José Estêvão, que constituíram o que de mais nobre se fez em política em Portugal, havendo outros, claro, como as conferências de Casino, proferidas pelos Vencidos da Vida, com Antero, Eça, Oliveira Martins, Junqueiro e Ramalho.

Estes homens que atrás cito, mesmo que por vezes em desacordo, bateram-se pelos ideais pátrios com dignidade (como por exemplo o frente a frente, à espada, de Antero com Ramalho, no Porto), dando os primeiros passos na caminhada do debate político no nosso País.

Vem isto a propósito do artigo do jovem Marco António, onde refere a falta de líderes no PSD, que por sinal é o partido onde exerce a sua actividade política, parecendo-me lógico a mim, que esse assunto fosse discutido internamente.

E pelos vistos não foi, o que obrigou Marco António a vir reclamar isso para o exterior, onde, ao que parece, foi sincero, o que dentro do partido, não seria, teria que dizer coisas que não queria, tornando-se num, por isso, elemento insincero. Aconteceu isso com António Arnault, que disse ter saído da política, para não ser insincero. Marco continuou.

Destes comportamentos distintos, penso ser importante recordar, que, o que se passou na Primeira Republica se está a passar agora, o que, em princípio, tornaria mais fácil o desempenho político de certos partidos se se lembrassem que em 1910 caíram no Rotativismo ( o termo é de João Franco) querendo dizer que os programas dos principais partidos políticos, o Regenerador e o Republicano, eram semelhantes e a coisa deu no que deu.

Os actuais deputados da AR deveriam ter estes factos bem estudados e arranjar soluções, mas não as arranjam. Por outro lado, deveriam lembrar-se que Sócrates bebeu a cicuta, para se livrar dos ignorantes, que é onde parece estar o mal disto tudo.

Inclusivamente nos deputados.

Texto de
JBS

2 comentários:

  1. Caro dr BS
    Considero os partidos politicos,não como um fim,em si próprios,mas como instrumentos da politica democrática.
    Dos regimes politicos conhecidos,sendo o democrático o" menos mau",na medida em que reúne condições para melhor servir a pessoa humana,é a esta opção que os partidos politicos se devem subordinar,e não à prioridade dos seus interesses próprios.
    Ideologicamente,porque considero que a pessoa humana-interactiva em direitos e deveres com a comunidadeonde se insere,e não mero "individuo"-é um valor acima do próprio Estado,esta mera organização politico-administrativa,nem sequer aceito o Estado como prioridade absoluta dos Partidos politicos.Precisamente porque o Estado é tambémum instrumentoao serviço da pessoa humana,não se confundindo,antes subordinand-se democraticamente,com as realidades da Pátria e Nação.
    Abraço
    Diogo

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  2. CARO AMIGO.

    Haja saúde.

    A questão dos partidos políticos é pacífca. A sua existência é necessária e isso é indiscutível.

    A Social Democracia não tem força para fazer cumprir o programa político que o povo votou.

    Está aqui o problema.

    Penso eu.
    Ab.

    JOÃO

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