domingo, 21 de fevereiro de 2010

DOMINGO À TARDE


O AGIR HUMANO

O agir humano ou o comportamento humano deve situar-se ao abrigo da ética e dos bons princípios.

De facto, a vida humana, é um permanente diálogo entre o eu e as circunstâncias. A vida também destas coisas, as circunstâncias que a rodeiam. O agir humano é o reflexo de uma necessidade. O homem tem de procurar o seu caminho, a sua estrada, a sua meta. Tem de chegar lá. Mas para isso tem de ter os meios para se mostrar como capaz e eficiente.

Agir é uma condição inerente à sobrevivência. E isto tem um nome; chama-se Trabalho. O pensamento é uma forma de Trabalho. Pelo menos pensar, dá trabalho. O Trabalho é esforço e acção. O Trabalho é o fundamento do que há de humano na Sociedade e no Homem. Graças ao trabalho a fatalidade da natureza é dominada pela liberdade do Homem. Através do trabalho, o homem pode-se tornar mestre de criação.

O Trabalho é AGIR, ou seja, esforço e acção, ele é o produtor total, tanto de forças colectivas como da mentalidade, das ideias e dos valores, encarnando a fusão de todos estes elementos. Em suma é a sociedade que se produz a si própria na sua totalidade pelo Trabalho.
O homem, através da sua actividade, desempenha uma dupla personagem: é mestre pelos factos e gestos que são outras tantas expressões das suas ideias; é discípulo, pela atenção que dá aos seus actos.
Na Sociedade há qualquer coisa anterior a todos os sinais que, desde tempos imemoriais, servem de veículo e de instrumento do saber. Podemos até dizer que, a este respeito, a inteligência do operário não está apenas na sua cabeça; está também na sua mão.
Mas alturas houve em que o homem, num certo sentido, deixou de agir. Foi quando surgiu a máquina que levantou alguns problemas no contexto do trabalho.
A máquina faz o seu trabalho e o homem faz o seu. Proudhon, um filósofo, sociólogo e doutrinário sócio político, diz que com o aparecimento da máquina se substituiu a habilidade manual, pela perfeição dos utensílios. Certamente que sim, estou de acordo, mas o homem não acabou. Quem faz o trabalho é a máquina, controlada e programada pelo homem.
Mas Proudhon fala de outro homem quando diz que a habilidade manual foi substituída pela perfeição dos utensílios dizendo ainda que os papéis entre o homem e a matéria se inverteram, passando o espírito para a máquina, deixando o operário, que tinha pela via do trabalho a sua oportunidade de se considerar superior, ver-se agora relegado para segundo plano nessa sua tarefa de operário embrutecido.
È aqui, diz Proudhon que deveria considerar-se a superioridade do trabalhador mas essa possibilidade tornou-se para ele fonte de embrutecimento.
Mas o mundo só progride se o homem agir.

Bibliografia consultada – PROUDHON
Recolha de
JBS

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