segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

COMEMORAÇÃO DO 31 DE JANEIRO NO PORTO

OPINIÃO
O MOVIMENTO de 31 de Janeiro, teve uma comemoração quase insípida no PORTO.

Falaram, GERMANO SILVA, que não está à altura de falar do acontecimento porque, o seu saber é o do curioso.

Manuel Serrão é uma pessoa dispensável nestas ocasiões solenes, o mesmo se passa com Rui Moreira, melhor que Serrão, mas curto.

Quem deveria assegurar a comunicação ao PAÍS sobre tal assunto, em minha opinião, seriam o poeta e jornalista António Manuel Pina, Dr. Miguel Veiga, advogado, escritor e polítco, o Dr. Pedro Baptista, o escritor Mário Claúdio e o senhor Reitor da UP, o que não aconteceu.

Acho eu.

JBS

6 comentários:

  1. oh brito e sousa, deixe-me sossegado que eu até estava no brasil e sou monárquico. você embirra comigo, caramba.
    é de besta, homem.
    é de besta.
    ainda por cima vindo de um célebre intelectual como você, que acha que o germano é um curioso. brito, você é que devia falar sobre tudo, escrever livros, etc.
    você é que conhece oPorto...
    você é o top of the pops....
    mas deixe-me a mim sossegado, que não o conheço.

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  2. Exmo senhor,

    Essa de você não me conhecer e tratar-me de besta é de mestre.Quero lá saber que o senhor seja monárquico. Não, não embiro consigo não senhor, apenas não concordo consigo.O que, em meu entender é uma atitude democrática.

    Não me considero um intelectual, mas tenho dois livros publicados e o senhor, que eu saiba tem um, onde diz lá a páginas tantas que a única coisa importante que o Porto tem é o FCPorto, coisa com a qual eu não cncordo e parece não o dignificar.

    Não falo sobre tudo, apenas escrevo em cinco jornais do Algarve com boa aceitação e nalguns blogues. Ao senhor, pedi-lhe uma entrevista na qualidade de Presidente da ACP e, claro, não houve resposta,quando eu, apenas queria trazer algumas notas para o Sul, do Porto cidade e do FCPorto clube...

    Sobre conhecer o Porto, apesar de ser natural de Faro,resido actualmente na rua onde residram os seus avós, aí no Porto e conheço alguma coisa da
    cidade sim. O Alferes Malheiro é a minha referencia de homem íntegro, como o foram Ruy Luís Gomes, Vergínia Moura e são o Reitor da UP, Azevedo Coutinho,Sobrinho Simões e aquele médico da Rua Júlo Diniz que agora não me ocorre o nome, o único português que consta numa lista de cérebros iluminados em Londres.

    AQUI HÁ PASSADO (acaso conhece esta frase) é o título do meu próximo romance passado no Porto, a sair brevemente.

    Por acaso conhece Badajoz? É que frequentei a UNIVERSIDADE local 13 000 alunos mas não discti tese final. A minha linha de investigação era "O capital intelectual".

    O senhor não acha que, não me conhecendo, me tratou muito mal? È que sinceramente não lhe vejo talento.

    Deixo-o sossegado, porque?

    Deixo--lhe um abraço, se aceitar, claro.

    JOÃO BRITO SOUSA

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  3. meu caro senhor,

    nunca me pediu nenhuma entrevista. se o fez, fez pela porta errada, porque eu não soube disso. acho muito bem que tenha vários livros editados. sei que escreve em blogues, e sei que sou, muitas vezes, o seu alvo.
    pode discordar, como muita gente discorda, do que eu escrevo, mas não devia discordar do que eu não escrevo. só isso.
    eu também tenho 2 livros editados, e também escrevo em jornais, sou director da revista "o tripeiro" e também estudei no estrangeiro, mas isso não me faz menor nem maior do que o senhor. o que lhe digo é que o senhor tem, relativamente a mim, uma obsessão qualquer, que retrata em vários blogues. e digo-lhe que nunca leu o meu livro, porque eu não escrevi isso sobre o fc do porto no meu livro. bem pelo contrário. não querendo que gaste o seu dinheiro, aqui vão as poucaS passagens do meu livro que falam no fc porto:

    "Há uma nova forma de arrogância, por vezes “rebocada” pelos êxitos do Futebol Clube do Porto, que parece estar na moda e que nada tem a ver com a velha rudeza que caracterizava a sociedade portuense. Essa embófia soez, que alterna com uma tendência, também muito notória, para o queixume e para a maledicência, contrasta com o carácter da cidade".

    "O pior sintoma dessa crispação foi a ruptura entre o novo poder político e os dirigentes do FC Porto. Se Rui Rio não lhes perdoava a sua antiga “entente cordiale” e o alinhamento com o poder socialista, Pinto da Costa não se conformava com as declarações de hostilidade dos vencedores políticos."

    "(a cidade do)Porto não pode tolerar que alguém dentro das portas da cidade, tenha o topete de dizer que uma qualquer benesse é uma dádiva do Governo ou do Poder Central. Pelo contrário, é preciso que exija sempre o que lhe é justamente devido, e quando e logo que consegue o que exigiu, deve clamar que não foi mais do que uma questão de justiça. Para quem tem dúvidas sobre essa táctica, que é a única que nos resta, basta observar a forma como o FC Porto, que é a instituição da cidade que melhores resultados tem conseguido face ao centralismo, tem sabido gerir a sua política."

    "O FC Porto, por exemplo, é uma marca da maior importância, com reconhecimento à escala global, e não pode ser pelo facto de haver um conflito insanável entre as lideranças do clube e da cidade, que se reveste ainda assim de um carácter pessoal e, por isso, finito, temporário e passageiro, que as políticas de promoção da cidade se podem dar ao luxo de desvalorizar este seu símbolo."

    eSTÁ A VER, SE CALHAR CONCORDA COM QUASE TUDO. Diz o senhor que eu escrevi "lá a páginas tantas que a única coisa importante que o Porto tem é o FCPorto". Como pode verificar, não escrevi nada, nada disso. Nem penso isso. E, como talvez não saiba, discordo da política mata-mouros do presidente do clube que, para mim, é aberrante, e tenho escrito sobre isso em vários artigos de opinião.

    Sobre a reunião que me pediu, tem o meu email:
    rumor1956@gmail.com. Tenho todo o prazer em o receber.

    não lhe chamei besta. disse que "é de besta", o que é uma coisa muito diferente, como um escritor sabe.

    Com um abraço do
    Rui Moreira

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  4. já agora, foi este o meu edtorial n´« O Tripeiro sobre o 31 de Janeiro.



    No centenário da República


    Celebra-se em 2010 o centenário da República Portuguesa. O TRIPEIRO assinalará essa efeméride, ao longo do ano, destacando algumas das mais importantes e destacadas figuras republicanas do Porto. Neste número de Janeiro, recordamos a primeira revolta republicana, que eclodiu no Porto, em 31 de Janeiro de 1891.

    Vivia-se, então, uma situação de crise profunda em Portugal. O ano de 1890 fora marcado por uma forte comoção social e de agitação patriótica, a propósito do Ultimato Inglês. Quando o novo rei D. Carlos entregou o poder aos regeneradores e estes dissolveram a Câmara de Deputados, os progressistas que haviam sido desacreditados pelo Ultimato passaram a atacar o rei, como o haviam feito a D. Luís e votaram em candidatos republicanos nas eleições de Março de 1890 e denunciaram o acordo colonial que havia sido negociado com a Inglaterra. Os regeneradores não conseguiriam governar o parlamento contra a opinião pública, e constituiu-se, então, um governo nacional de “independentes”, dirigido por João Crisóstomo.

    Para alguns extractos da população dos grandes meios urbanos, incendiadas pelas divergências entre os dois grandes partidos da época, as cedências portuguesas na questão do “mapa cor-de-rosa” representavam uma submissão inaceitável. O realismo e o bom senso de alguns, como Luciano de Castro, para quem Portugal já tinha recursos a menos para possessões coloniais a mais, nunca comoveram o patriotismo exacerbado e histriónico que convinha aos governos, que esperavam que o clima de insurreição comovesse os ingleses a fazerem cedências. Na rua, sucediam-se as manifestações patrióticas. “A Portuguesa” propunha que se marchasse contra os canhões e havia subscrições públicas para a compra de navios de guerra para combater as esquadras inglesas.

    A indignação contra a Inglaterra cedo se virou contra a Monarquia, acusada de ter comprometido os interesses da Nação. Além disso, a situação económica do país, já afectada pela crise europeia, agravara-se subitamente, com a balança de pagamentos desequilibrada pela queda das exportações de vinho e com a quebra do câmbio no Brasil, que reduziu drasticamente as remessas dos emigrantes portugueses.

    A revolta do Porto surgiu, pois, como resultado de uma profunda crise, em que se conjugavam as contradições insanáveis da monarquia constitucional e a crise económica que gerara um forte descontentamento nas classes mais humildes. O levantamento foi organizado localmente e envolveria civis e cerca de metade da guarnição militar do Porto. Teve, na sua vanguarda, os sargentos do exército, já que a grande maioria dos oficiais não se envolveu na revolta, que viria a ser esmagada sem dó nem piedade pela Guarda Municipal.

    A primeira república e o seu primeiro governo provisório, anunciados por Alves da Veiga diante da Câmara Municipal do Porto, durariam poucas horas. A revolta festiva, que começara em cortejo, terminaria em tragédia. Tudo sucedeu à revelia do Partido Republicano, cujos líderes nunca foram sequer incomodados pela polícia. A reacção do Governo seria implacável. Para além dos mortos e feridos que resultaram dos combates de rua, foram julgadas, a bordo de navios de guerra, centenas de civis e militares e mais de duzentas pessoas seriam condenadas a penas de prisão até quinze anos.

    Como tantas vezes aconteceu, antes de depois, o Porto pagou a elevada factura da revolta. Como tantas vezes aconteceu, antes e depois, o país acordou, no dia seguinte, como se nada tivesse sucedido. Portugal nunca recuperou o seu mapa cor-de-rosa mas, quase 20 anos depois, viria a ter a sua República.

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  5. Meu Caro Dr.RUI MOREIRA

    Viva.
    Quero agradecer-lhe a resposta. Ainda por cima com elegância e um pouco de danação,o que considero normalíssimo.
    Agradeço-lhe o envio do email porque vou responder-lhe por aí.

    A sua resposta tem honradez. E muita.

    Deixo-lhe um abraço.

    João Brito Sousa

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  6. Não foi difícil a dois homens de talento e inteligência entenderem-se.
    E a mim, admirador de ambos isso satisfaz-me.
    O diálogo traz átona o que de melhor existe entre os homens. Entendimento.
    Fico esperando pela (prometida) entrevista
    Um abraço a ambos
    Diogo

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