quinta-feira, 29 de julho de 2010

TALVEZ ALGUNS PORTUENSES DESCONHEÇAM


A ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO PORTO

ORIGEM

A ACP é uma instituição secular, fundada em 1834 e resulta das Juntinas.

A cidade do Porto já possuía nos recuados tempos do reinado de D. Fernando, a Bolsa do Comércio do Porto, que segundo o romancista Arnaldo Gama, "era uma verdadeira corporação de negociantes que se regia por certas leis ou regimentos e que era administrada por um certo número dos seus membros presididos por um deles a que chamavam juiz da Bolsa".

A Bolsa do Comércio do Porto, para além de ser uma associação de classe, que dava ao comerciante seu associado a força e a autoridade resultantes da união de todos, funcionava também "como um verdadeiro seguro de haveres com que os negociantes mutuamente se garantiam pelo sacrifício das migalhas que lhes sobravam das suas valiosas especulações contra a desgraça fortuita, o desastre casual que mais de uma vez se tem visto arruinar num relance as casas comerciais mais sólidas e mais poderosamente estabelecidas".

Séculos depois, vencidas as guerras da Sucessão e da Restauração, ultrapassadas as invasões francesas e após as lutas liberais, é que o Porto voltou a reencontrar-se como centro de um grande empório comercial. Estava-se no dealbar do século XIX. Uma onda de progresso acompanhava a nova era. Entre nós começava a revolução da máquina a vapor. Mas no resto da Europa, especialmente ao norte dos Pirinéus, surgia já a era da electricidade e do petróleo.

Oriunda do Sinédrio - que gerou a revolução de 1820, obra do segundo homem daquele Movimento, José Ferreira Borges nasce na capital nortenha, em 1834, a Associação Comercial do Porto.

A independência do Brasil ficara para trás. Com ela registara-se uma quebra no grosso dos negócios que se efectuavam e os interesses comerciais da burguesia portuense voltavam-se para as colónias africanas. A classe comercial do Porto, que estava agremiada numa colectividade destituída de carácter oficial ou representativo chamada "A Juntina", decidiu, assim, criar essa Associação a qual, mercê do prestígio da praça daquela cidade e dos nomes dos inscritos na lista associativa, mereceu desde logo a sanção régia e a honra de ver os seus estatutos aprovados.
Honrando gloriosas tradições de iniciativa e de trabalho, os comerciantes do Porto dedicaram-se à consolidação, e desenvolvimento da sua Associação ao mesmo tempo que procuravam contribuir para a expansão do comércio e da indústria urbanos fomentando a organização de estabelecimentos bancários, companhias de seguros e de navegação, explorações mineiras e fábricas de tecelagem.
Texto retirado da net, por
Joõa Brito Sousa

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